Sete maneiras de ir dormir (V)
Quando me vou deitar a mosca está sentada na minha cadeira, pernas peludas cruzadas, as asas pegajosas em descanso. Ela está a olhar-me, e pequenas patinhas junto à sua cabeça esfregam ocasionalmente o sítio onde está a sua boca. Ela está a excretar algo verde, ácido, nauseabundo, que pinga no chão do meu quarto.
Eu dirijo-me para a cama, tentando aparentar normalidade. Programo o despertador e arrumo com cuidado as pantufas.
‘Espero que estejas consciente de como é escuro o sítio para onde vais’, diz ela, e eu estou a dizer que sim com a cabeça, estou a deitar-me, e depois ela levanta-se e aproxima-se de mim.
‘Estarei à tua espera quando acordares’, diz ela, e ajeita os meus cobertores, e dá-me um beijo com a sua boca horrível, e pingos verdes caem na minha almofada, na minha cara.
Eu dirijo-me para a cama, tentando aparentar normalidade. Programo o despertador e arrumo com cuidado as pantufas.
‘Espero que estejas consciente de como é escuro o sítio para onde vais’, diz ela, e eu estou a dizer que sim com a cabeça, estou a deitar-me, e depois ela levanta-se e aproxima-se de mim.
‘Estarei à tua espera quando acordares’, diz ela, e ajeita os meus cobertores, e dá-me um beijo com a sua boca horrível, e pingos verdes caem na minha almofada, na minha cara.
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